top of page

A Cartilha do Metaverso

Foto do escritor: LeoC, CFALeoC, CFA

Atualizado: 11 de mar. de 2022

Metaverso: Introdução

O Metaverso é um mundo imersivo que atua em paralelo com o mundo físico e é visto como um elemento da próxima geração da internet, também conhecida como a Web 3.0.


Enumeramos abaixo alguns pontos importantes e informações relevantes com o intuito de ajudar nossos clientes, prospectos e o público investidor em geral, difundir mais informações sobre essa nova onda da internet e aprimorar o entendimento das características de risco retorno de possíveis oportunidade de investimento ou especulação.


A Transformação da Internet

Atualmente a internet é conhecida e descrita como Web 2.0; ou seja, uma evolução da Web 1.0 que é bidimensional, focada em aplicativos oferecido por diversas plataformas que utilizam o armazenamento em nuvem e controlam não apenas o conteúdo produzido pelos usuários mais também a experiencia deles. Porém, a internet está se transformando em um ambiente de três dimensões (3D) através de uma fusão entre a realidade “aumentada” (augumented), virtual e física; o Metaverso está surgindo como um mundo virtual onde as pessoas podem socializar, jogar, trabalhar e até mesmo investir.


Como o conceito ainda está em evolução, não está claro ainda como o Metaverso será estruturado, mas acredita-se que ele irá “elevar as experiências do mundo físico” através de um ambiente ativo e em tempo real, onde os participantes têm autonomia individual e são responsáveis pela geração e controle do conteúdo compartilhado nesse mundo virtual.


A experiência virtual se dá através de um avatar, a versão virtual de você mesmo que pode ou não se parecer com você, onde você explora, visita e vive virtualmente em ambientes virtuais chamados de Metaversos. Com a evolução do conceito, o mundo virtual pode vir a se assemelhar ao mundo físico através de formas, imagens, áudios, sensores, efeitos especiais, atividades ou tarefas do mundo físico replicadas no mundo virtual (quem já assistiu o filme curto chamado “É Difícil Ser Um Inseto!” no parque Animal Kingdom da Disney deve lembrar do momento em que um spray de água bem leve cai sobre a audiência quando uma formiga espirra.)


Na realidade virtual o usuário se encontra “imerso” em um mundo virtual de 360 graus através de um aparelho que transmite imagens e som, normalmente chamado de “óculos virtual”, porém que se assemelha mais a um capacete do que óculos tradicionais. Já a realidade aumentada é uma sobreposição de imagens, normalmente objetos ou ambientes, projetada no mundo real.


O conceito do Metaverso já existe há algum tempo, sendo um dos primeiros exemplos o “Second Life”, uma plataforma multimídia online criada pelo Linden Lab, com características de jogo que foi lançada em 2003, onde os participantes podem “viver” uma realidade alternativa através de um avatar. Avançando agora quase vinte anos no tempo, graças aos desenvolvimentos em tecnologia e infraestrutura da computação, o conceito do Metaverso tem recentemente ganhado popularidade, tração e talvez massa crítica.


O Gorila do Metaverso

Conhecida anteriormente como Facebook, a empresa controlada por Mark Zuckerberg passou por um processo intenso de “rebranding” e reposicionamento para se transformar na Meta Plataforms – uma empresa de “tecnologia social” que desenvolve e constrói aplicativos e tecnológicas para ajudar pessoas a se conectar, achar comunidades e desenvolver negócios – que está de olho na chegada da Web 3.0. A empresa comprou a Oculus em 2014 - uma das maiores e mais bem sucedidas plataformas de RV do mundo - e continua investindo e enfatizando que uma combinação de conectividade social e RV/RA pode vir a se transforma na próxima mudança fundamental na computação.


A Comunidade de Jogos

“Jogos de encenação online massivamente com múltiplo jogadores” (em inglês, massively multiplayer online role-playing games ou MMORPGs) estão servindo como a base do Metaverso atual. Fortnite, desenvolvido pela Epic Games, Minecraft pela Mojang Studios e Roblox pela Roblox Corporation, são exemplos de jogos que vêm criando experiências convincentes e imersivas nesses mundos virtuais. Milhões de pessoas interagem em experiências compartilhadas ao jogar esses jogos; para essas pessoas, construir, usar, comprar e vender bens virtuais através de moedas virtuais se tornou parte de uma nova realidade: a realidade virtual.


Uma Oportunidade de $8 a $10 Trilhões de USD

Estimasse que o tamanho médio da oportunidade do Metaverso pode vir a ser em trono de $8 a $10 trilhões de USD, sendo esse cálculo baseado em uma participação crescente da economia digital no PIB global. Segundo as Nações Unidas, a economia digital global representou 15,5% do PIB total em 2018 e com uma previsão de aumentar para 16,8% do PIB total em 2021, ou seja, quase $16,0 trilhões de USD. Imaginamos uma economia virtual que pode e deve crescer de “mãos dadas” com a economia digital; estimativas pessimistas e otimistas de instituições financeiras que contratam um arsenal de profissionais dedicados análises e pesquisas, sugerem um mercado possível de vendas entre $2,5 a $13,0 trilhões de USD. Essa amplitude é consequência da falta de visibilidade sobre o tempo necessário para o desenrolar da oportunidade. Web 2.0 vem sendo desenvolvida a mais ou menos 20 anos e especialistas sugerem um horizonte de tempo similar, se não mais longo, para o desenrolar da Web 3.0.


A Tecnologia de Blockchain é um Pilar Fundamental do Metaverso


No momento, a tecnologia de Blockchain é a única ferramenta que pode identificar exclusivamente qualquer objeto virtual e garantir a veracidade desse objeto, independente de uma autoridade central. Essa capacidade de identificar objetos e, em seguida, rastrear a propriedade será fundamental para o funcionamento do Metaverso. Especialistas e analistas sugerem que o Metaverso provavelmente será construído e constituído por camadas em 3D que representam vários espaços virtuais, onde participantes se movimentam livremente e regularmente entre eles. Assim, bens ou serviços virtuais que não tenham a característica de portabilidade entre espaços junto com os participantes, podem ter o seu valor afetado. Essa condição provavelmente vai além do mundo virtual, já que bens físicos também acabam sendo representados no mundo virtual.


A identidade pessoal é talvez o melhor exemplo disso, porém várias outras coisas do mundo físico podem ser mapeadas no Metaverso e vice-versa. Por exemplo, uma pessoa pode comprar e usar uma camiseta virtual no Metaverso e querer uma versão física para usar no mundo real. O artista de camisetas pode cobrar uma taxa por usar a fabricação automatizada da camiseta para produzir uma peça de vestuário do mundo real em algo como uma impressora de vestuário digital.


No momento o Metaverso está apenas engatinhando

O Metaverso descrito acima e imaginado por idealizadores ainda não existe, ele se encontra hoje na fase de criação/concepção. Meta Platforms (antiga Facebook) acredita que o Metaverso de forma plena deve estar chegando nos próximos 10 a 15 anos.


No momento, existe uma certa falta de visibilidade na dinâmica do setor e na capacidade de monetização das oportunidades. Dito isso, várias empresas como a Meta Plataforms e investidores de venture capital como o Softbank, já estão explorando oportunidades no espaço. Os jogos online de multiplayer estão funcionando como base fundamental para a construção e conceptualização das oportunidades do Metaverso. Porém, devemos lembrar que eles representam apenas uma pequena fatia do mercado total esperado; ou seja, ainda está por vir a experiencia virtual na moda, música, educação, e outras áreas relacionada a característica social da humanidade.


Players no Radar

A lista abaixo não deve ser considerada uma recomendação de compra, venda ou construção de um portfólio. Para isso, o investidor deve consultar seus assessores e profissionais para auxiliar no processo.


  • Meta Plataforms (FB)

  • Unity Software (U)

  • Roblox Corp (RBLX)

  • Autodesk Inc (ADSK)

  • Microsoft (MSFT)

  • Nvidia Corp. (NVDA)

  • Qualcomm Inc. (QCOM)


Fontes: Bloomberg, JPMAM, GSAM, Blackrock, Blackstone, Deloitte Consulting.


Informações Legais

Essas informações são de natureza educativa e não constituem uma promoção financeira, assessoria de investimento ou incentivo ou incitação para participar de qualquer produto, oferta ou investimento. Não se destina a ser usado como ferramenta para determinar sua situação financeira específica, status fiscal, objetivos de investimento, experiência de investimento, adequação para qualquer investimento específico, tolerância ao risco ou perfil de investimento. A Brazen Capital não está adotando, fazendo uma recomendação para ou endossando qualquer estratégia de investimento ou segurança particular. Os materiais aqui incluídos são de propriedade da Brazen Capital e não podem ser reaproveitados em uma semelhança separada sem o consentimento expresso por escrito da empresa.



27 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page