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O Pulso do Mercado: Pregão EUA 11 @jan 17, 2024

INSIDE

Principais Pontos

Resumo do Pregão

O que estamos fazendo?

Principais Pontos

  • Dados bons são bons, mas bons demais são ruins... Será março? Será maio? Será mesmo?

  • A incerteza traz volatilidade... esteja pronto para isso.

Resumo do Pregão

Redefinição de preços do Fed (“Fed-Pivot”)

Sempre fico feliz com bons dados económicos, mas nos mercados financeiros as vezes bons dados econômicos podem ser vistos como “notícias ruins”. Dados econômicos sólidos, desde a saúde dos consumidores à produção industrial e habitação, sugerem resiliência econômica, pressões inflacionárias e taxas mais altas por mais tempo. Com os operadores de títulos empurrando os cortes de juros para frente os fluxos de caixa futuros devem ser reprecificados. Com isso, as ações e títulos recuaram hoje à medida que os rendimentos subiam na curva inteira (o preço e o rendimento dos títulos se movem em direção oposta).

 

Na área de dados econômicos concretos (“hard data”), as vendas no varejo dos EUA de dezembro superaram as expectativas e a produção industrial e a utilização da capacidade melhoraram. Dados suaves (“soft data”) de pesquisas como o Livro Bege e o Sentimento do Construtor também melhoraram, sendo o Sentimento do Construtor ajudado por taxas de hipoteca mais baixas que aumentaram o tráfego de clientes, as vendas e reforçaram as perspectivas de demanda por habitação.

 

Embora uma desaceleração ainda seja muito possível, há pouco hoje para sugerir que ela será acentuada. Na verdade, com a confiança do consumidor forte e o cenário econômico parecendo bom, salvo uma deterioração repentina no mercado de trabalho ou uma revisão de dados econômicos publicados anteriormente, o risco é que as taxas de fato permaneçam mais altas por mais tempo. Pelo menos em Davos tem sido o "papo da cidade"...

 

Para ser justo, os operadores de títulos ainda estão precificando 5 a 6 cortes nas taxas em 2024 (~140 pontos-base), abaixo dos ~170 bps de 12 de janeiro.

 

Águas turbulentas à frente....

Uma dispersão grande de opiniões fluidas e baseadas em novos dados recebidos, levará a uma quantidade enorme de discussões e cenários para os próximos meses – será que o Fed cortará juros em março? ou será cortado em maio? Será no Semestre 1 2024 ou depois?

 

Além dessas perguntas, há muitas outras que vêm logo em seguida: teremos um pouso suave ou não? Em caso afirmativo, que tipo de pouso? Se não, o que vai acontecer? Em que fase dos ciclos económicos e financeiros nos encontramos? Qual será o próximo regime macro? E assim por diante...

 

A história e a minha experiência profissional me dizem que a consequência de muita incerteza geralmente causa surtos de movimentos rápidos e dramáticos no mercado que é obrigado a reprecificar mudanças de expectativas do consenso. Portanto, acredito que nunca houve melhor momento do que agora para desafiar o consenso, e as vezes a arrogância dele.

 

Resultado corporativos no topo do radar

Os resultados corporativos do 4º trimestre fornecerão uma indicação muito boa para o futuro à frente. Por um lado, resultados fortes e robustos serão bem-vindos, mas com eles, pressões inflacionárias e outras consequências. Por outro lado, resultados mais fracos do que o esperado trará conversas sobre flexibilização da política monetária a um custo de uma conversa sobre deterioração dos fundamentos corporativos, que também chamamos de #AxiomasDoInvestimento.

 

Eventos importantes ainda nessa semana:

Dados de construção de casas nos EUA, pedidos iniciais de desemprego, quinta-feira

Debate das primárias presidenciais republicanas em New Hampshire, quinta-feira

A presidente do BCE, Christine Lagarde, participa em painel de discussão em Davos, quinta-feira

Ata da reunião de política monetária de dezembro do BCE, quinta-feira

CPI Nacional do Japão, sexta-feira

Vendas de casas existentes nos EUA, sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, sexta-feira

Vamos ver onde os principais índices do mercado financeiro encerraram o pregão:

Em Ações e Commodities:

As ações globais caíram -0,8%, com os mercados DM caindo 0,65% e os mercados EM caindo -1,5%.

 

O S&500 caiu -0,56%, o Nasdaq Composite -0,59%, o Dow Jones Industrials -0,25% e o índice Russell 2000 de pequenas empresas de capitalização recuou -0,73%.

 

As ações europeias e asiáticas também fecharam em baixa no dia, com seus índices agregados, Bloomberg Europa, Oriente Médio e África (BBG E) e Bloomberg Ásia-Pacífico (BBG APACLS) caindo -1,37% e -1,72%, respectivamente.

 

De volta aos setores econômicos dos EUA:

Enquanto o setor imobiliário liderou as perdas com queda de -1,83% com o aumento das taxas de juros, o Consumo Basico oferece o conforto esperado em um mercado de queda com uma perda de apenas -0,07%.

 

Metais industriais e commodities agrícolas caíram, mas ouro e petróleo fecharam em alta a US$ 2.008/onça troy e US$ 72,84/barril.

 

Em Renda Fixa e FX:

O Bloomberg USD Basket (BBDXY) forneceu alguns ganhos marginais, apesar de o EUR e o GBP terminarem o dia mais fortes em 1,0882 e 1,2679, respectivamente. O JPY caiu -0,7% para 148,18.

 

Os rendimentos do UST aumentaram em toda a curva. Enquanto o rendimento do UST2 anos ganhou 0,14% para terminar o dia em 4,36%, o rendimento do UST10 anos subiu apenas +0,046% para terminar o dia em 4,1038%; o spread UST2-10yr caiu -0,09% para -0,2591%.

 

O que estamos fazendo?

  • Acompanhamento de lucros corporativos e pontos de dados de nível 1 para sinais iniciais de stress.

  • Os bancos centrais não costumam iniciar estímulo monetário para apoiar os mercados. Muitas vezes, eles apenas mudam suas políticas quando "quebram (ou quase quebram)" alguma coisa.


 

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